Total de visualizações




terça-feira, 4 de maio de 2010

A renúncia de Jânio

Até hoje permanece um enigma a renúncia de Jânio Quadros à Presidência da República, em 25 de agosto de 1961. No ano que vem, em 2011, serão 50 anos, e até hoje esta é uma pergunta sem resposta, mas com muitas hípóteses. Estou falando disso porque acabo de ler o pronunciamento de Carlos Lacerda, então Governador da Guanabara, em rede de tevê, em que ele acusa o Governo Federal, através de seu ministro da Justiça, Pedroso Horta,de estar arquitetando um Golpe de Estado. Faz duras críticas à Política externa adotada pelo Governo Jânio Quadros e dá a sua versão sobre acontecimentos da época. Praticamente em resposta, Jânio surpreende a Nação logo em seguida com sua carta renúncia. Há quem diga que, através daquele gesto dramático e inusitado, o presidente quisesse causar uma comoção no país e colocar o povo na rua a exigir a sua volta. Então, para voltar, o presidente exigiria plenos poderes. Ocorre que o povo não foi às ruas. O Congresso Nacional leu a carta de renúncia e em seguida declarou vaga a presidência da República. Jânio fez uma aposta alta, altíssima, e perdeu. Nos bastidores, negociou-se a posse de João Goulart, então vice-presidente, mas cujo nome tinha muitas resistências junto à elite brasileira. Mas este já é outro capítulo... Jânio Quadros morreu em 1992 e nunca deixou totalmente esclarecida esta página de sua biografia e da vida nacional.

Nenhum comentário:

Postar um comentário